QUALIDADE AMBIENTAL - REGIÃO HIDROGRÁFICA DO
GUAÍBA
QUALIDADE DAS ÁGUAS DA BACIA HIDROGRÁFICA
DO RIO CAÍ
HISTÓRICO
Os dados de qualidade das águas utilizados neste trabalho foram gerados pela Rede
de Monitoramento da Fepam, em operação trimestral desde 1992.
Posteriormente, em 2000, teve início a Rede Integrada do Pró-Guaíba, também com
a participação da Fepam, Corsan e Dmae, mas neste trabalho são utilizados apenas
os dados gerados pela Fepam na Rede Pró-Guaíba
As coletas e análises são realizadas pelo Departamento de Laboratório da FEPAM,
e os dados são armazenados e interpretados pelo Departamento de Qualidade da FEPAM.
DESCRIÇÃO DA ÁREA
A bacia hidrográfica do rio Caí possui uma área de cerca de 5.057,25 km2, correspondendo
a 1,79 % do Estado, localizada ao norte de Porto Alegre, entre o planalto brasileiro
e a depressão central. Seu curso d?água tem uma extensão de 285 km. Ao todo 41 municípios,
com toda ou com parte de sua área, compõem a bacia. A população total da bacia é
de 383.929 habitantes, sendo em torno de 25 % moradores da área rural e 75 % da
área urbana (FEPAM/GTZ - 1997).
A atividade econômica predominante da bacia é a agricultura, embora a indústria
e o comércio sejam as atividades que geram mais divisas. O maior centro urbano é
Caxias do Sul, localizado no divisor de águas entre as bacias dos rios Caí e Taquari-Antas.
Destacam-se também as áreas urbanas de Montenegro, Feliz e São Sebastião do Caí,
localizadas às margens do rio principal.
A bacia hidrográfica do rio Caí possui municípios com atividade industrial bastante
desenvolvida. Destacam-se os municípios de Caxias do Sul e Farroupilha, localizados
na Serra, com indústrias de alto potencial poluidor, principalmente do ramo de metalurgia
e metal - mecânica. Na região mais plana da bacia, principalmente na sub-bacia do
arroio Cadeia, os Curtumes são as indústrias de maior potencial poluidor hídrico.
O rio Caí pode ser dividido em três trechos com características distintas :
Curso Superior : das nascentes até a foz do rio Piaí. É o trecho com maior
declividade (entre 0,15 e 3,5 %). É a porção nordeste da bacia - região de planalto
e encosta de planalto.
O leito do rio Caí neste trecho é confinado numa calha estreita, com margens íngremes.
Os afluentes têm suas nascentes em cotas que podem ultrapassar 800 m, ocorrendo
formação de cachoeiras.
Curso Médio : da foz do rio Piaí até São Sebastião do Caí. É a zona central
e nordeste da bacia. Há alternância de trechos com escoamento lento e trechos com
corredeiras.
Curso Inferior : de São Sebastião do Caí até a foz. É parte mais plana
do rio e da bacia. O rio possui maior vazão mas, como percorre área plana, numa
menor velocidade, pode haver refluxo principalmente em épocas de estiagem.
A precipitação média anual nesta bacia é variável, atingindo 1.400 mm nas nascentes
e 900 mm a jusante de São Sebastião do Caí até a foz, sendo este o menor índice
pluviométrico da bacia dos formadores do Guaíba.
Os principais afluentes do rio Caí são:
Margem esquerda: Caracol, Guaçú, Mineiro e Cadeia.
Margem direita: Divisa, Muniz, Macaco, Piaí, Pinhal, Belo, Ouro, Mauá, Maratá e
outros.
A descarga das águas do rio Caí no delta do Jacuí corresponde a 2,6 % do total das
águas que este sistema recebe.
Usos do solo
O uso do solo na bacia hidrográfica do rio Caí é bem diferenciado em função das
características geomorfológicas da bacia ( FEPAM/GTZ - 1997):
- Região de Planalto e Encosta de Planalto (curso superior do rio) - caracteriza-se
pela criação extensiva de gado bovino, seguido pela produção de maçãs e atividade
madeireira. Os centros urbanos encontram-se, principalmente, nos divisores das bacias.
Destaca-se nesta região, segundo SEPLAN/IBGE (1986), a ocorrência do pinheiro Araucária
augustifolia.
- Zona de Encostas e Coxilhas (curso médio do rio) - zona central e nordeste da bacia,
apresentando pequenas propriedades agrícolas com cultivos diversificados. Os maiores
centros urbanos estão localizados também às margens do rio e Caxias do Sul no divisor
de águas da bacia.
- Zona de Várzea (curso inferior) - as terras planas são usadas principalmente para
plantação de arroz e para pecuária. O maior número de aglomerados urbanos estão
localizados próximos ao rio principal.
Usos das águas
Segundo FEPAM/GTZ (1997), as águas do rio Caí e seus afluentes têm usos bastante
diversificados.
Usos encontrados em todo o rio:
- proteção das comunidades aquáticas;
- harmonia paisagística.
Usos da água que podem ser destacados em cada trecho do rio:
Curso Superior
- Energia elétrica : localiza-se neste trecho o sistema Salto, com potência instalada
em torno de 58 MW. O sistema é constituído por 4 UHE - PCHs, estando duas em funcionamento
e duas desativadas, e 3 barragens de acumulação para transposição de água para o
rio dos Sinos (transposição mínima de 2,1 m3/s).
- Recreação: há neste trecho locais de banho e pesca artesanal, destacando-se o lago
da barragem do Salto, no município de São Francisco de Paula.
- Abastecimento público : neste trecho há captação em recurso hídrico superficial
no rio Santa Cruz, que abastece os municípios de Canela (516,66 m3/h) e Gramado
(435,60 m3/h). São Francisco de Paula capta água para abastecimento público numa
barragem situada no Arroio Querência (180 m3/h).
- Diluição de esgoto : Canela trata 40 % dos esgotos domésticos ali gerados. Gramado
possui também uma estação de tratamento de para uma parte dos esgotos municipais.
Curso Médio
- Irrigação : destacando-se a retirada de água para a plantação de morangos, hortaliças,
viveiros de mudas de citros e produção de flores.
- Recreação: este trecho do rio é o que apresenta maior concentração de balneários,
localizados, principalmente, nos afluentes do rio Caí.
- Diluição de despejos domésticos e industriais: a maioria dos despejos domésticos
dos municípios é lançada em esgotos pluviais e depois nos recursos hídricos, sem
tratamento.
Localiza-se neste trecho, grande quantidade de indústrias, principalmente nos municípios
da Serra, destacando-se as metalúrgicas de Caxias do Sul e Farroupilha. Segundo
FEPAM/Pró-Guaíba (1997) a carga orgânica de DBO remanescente (considerando a operação
dos sistemas de tratamento dos efluentes líquidos industriais) gerada pelas industrias
localizadas nos municípios de Caxias do Sul e Farroupilha é de 1.009 ton/ano. Considerando
a existência de um divisor de águas nas sede destes municípios, estimamos que a
carga remanescente de DBO industrial gerada pela parte sul de Caxias do Sul e drenada
para a bacia do rio Caí é de 4.600 ton/ano, enquanto a DBO industrial gerada na
parte sul de Farroupilha e drenada para a bacia do Caí é de 40 ton/ano. Com base
nestes mesmos estudos, estimamos uma carga de DBO cloacal em torno de 3.730 ton/ano
drenada para a bacia do Caí, e a carga metálica (cromo, ferro e níquel) remanescente
gerada na parte sul de Caxias do Sul e Farroupilha de 17,7 ton/ano.
- Abastecimento doméstico :
Existem quatro principais captações superficiais nesta área:
- Represa de Galópolis (36 m3/h) em Caxias do Sul, que abastece
aquele Bairro;
- Arroio Feitoria (151,20 m3/h) que abastece o município de Dois
Irmãos;
- Arroio Santa Isabel e Arroio Ackermann que abastecem Nova Petrópolis
com uma vazão total de 82,80 m3/h .
- Abastecimento industrial : Existem várias indústrias de porte que captam água no
rio Caí, destacando-se neste trecho uma cervejaria (17.000 m3/mês) no município
de Feliz.
- Mineração: Os minerais explorados na bacia do rio Caí são, principalmente, argila,
areia, cascalho, arenito e basalto. Neste trecho do rio destaca-se a mineração de
argila no Vale Real e de cascalho em Feliz.
Curso Inferior
- Irrigação: neste trecho do rio as águas são usadas principalmente para a irrigação
de arroz.
- Navegação: este uso, embora não muito intenso, restringe-se ao curso inferior do
rio. Atualmente é mais usado pelos mineradores e moradores ribeirinhos.
- Recreação: os balneários deste trecho do rio são os que recebem um maior número
de usuários, em relação aos balneários localizados nos trechos anteriores.
- Abastecimento público e industrial: os municípios de Montenegro, com uma vazão de
540 m3/h, e São Sebastião do Caí, com 151,20 m3/h, captam água para abastecimento
público no próprio rio Caí. Em Triunfo, o Pólo Petroquímico também capta água no
rio Caí (12,36 m3/h). Destacamos também as captações para indústrias de bebidas
e frigoríficos.
- Mineração: neste trecho do rio a mineração mais intensa é a extração de argila,
areia e cascalho, principalmente nos municípios de Montenegro e Triunfo.
- Diluição de despejos domésticos e industriais : em função da proximidade entre as
áreas urbana e o rio, há maior quantidade de esgotos domésticos chegando no rio
principal, sem nenhuma redução da carga. Nenhum município, neste trecho, trata seus
esgotos cloacais. Quanto às indústrias, destacam-se os curtumes localizados ao longo
do rio Cadeia/Feitoria e o Pólo Petroquímico. A carga orgânica industrial (DBO)
drenada pelo rio Cadeia/Feitoria é aproximadamente de 794 ton/ano, e a carga inorgânica
de 2.509 ton/ano de DQO. O Pólo Petroquímico gera uma carga de DQO de 800 kg/dia.
Segundo trabalho desenvolvido pela FEPAM para o Plano Diretor do Pró-Guaíba (FEPAM/Pró-Guaíba
1997), as cargas orgânicas (industriais e domésticas) e metálicas geradas nos municípios
pertencentes à bacia hidrográfica do rio Caí estão representadas na tabela abaixo:
Parâmetros
|
Carga bruta
|
Carga remanescente
|
% redução
|
DBO industrial
|
10.469
|
3.335
|
68
|
DBO doméstica
|
13.274
|
-
|
-
|
DQO industrial
|
25.014
|
8.228
|
67
|
DQO doméstica
|
39.823
|
-
|
-
|
Carga metálica
|
176,08
|
49,76
|
72
|
Cromo
|
109,8769
|
21,9627
|
80
|
Unidade: ton/ano
Ressaltamos que na metodologia adotada no trabalho acima citado para levantamento
das cargas poluidoras, não foi considerada a existência de divisores de águas dentro
de áreas municipais. Portanto, pela metodologia adotada no citado trabalho considerou-se
que os municípios de Caxias do Sul, Farroupilha e Carlos Barbosa estão inteiramente
na bacia hidrográfica do Caí quando na realidade grande parte destes municípios
drena para a bacia hidrográfica do Taquari-Antas. Também considerou os municípios
de Gramado, Canela e São Francisco de Paula como inteiramente na bacia hidrográfica
do Caí, quando em grande parte estes municípios drenam para a bacia do rio dos Sinos.
Portanto, as cargas poluidoras acima citadas estão superestimadas para a bacia hidrográfica
do rio Caí. Encontram-se em anexo os mapas que mostram respectivamente, as cargas
remanescentes de DBO5, DQO e metálica, dos municípios que compõem a bacia, sem considerar
os divisores de água.
LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM
O monitoramento da bacia hidrográfica do rio Caí tem freqüência trimestral.
R I O C A Í
|
CÓDIGO
|
COORDENADAS
|
LOCALIZAÇÃO
|
CA 018 BJ 000
|
S 29° 50’ 06”
W 51° 21’ 58,8”
|
Foz do arroio Bom Jardim.
|
CA 070
|
S 29° 37’ 48,6”
W 51° 22’ 45,5”
|
Foz do arroio Cadeia
|
CA 092
|
S 29° 30’ 18,8”
W 51° 21’ 36,4”
|
Jusante da ponte da RS-122. Bom Princípio.
|
CA 136
|
S 29° 19’ 31”
W 51° 10’ 50”
|
Foz do arroio Pinhal.
|
CA 210
|
S 29° 16’ 29”
W 50° 44’ 17,7”
|
Passo do Inferno, Canela.
|
CA 245
|
S 29° 21’ 46,5”
W 50° 31’ 16,8”
|
Rio Santa Cruz, montante das barragens, estrada para Bom Jesus
|
Quadro 1 ? Rede de Monitoramento da Qualidade das Águas do Rio Caí ? RS.
METODOLOGIA
Para interpretação dos dados foram utilizadas duas metodologias:
- comparação com a Resolução nº 357 / 05 do CONAMA;
- I Q A ? Índice de Qualidade da Água.
Para interpretação dos dados comparando com a Resolução nº 357 / 05 do CONAMA, foram
utilizados os parâmetros oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio
(DBO) e coliformes termotolerantes, com representações gráficas das concentrações
médias anuais, e gráficos das freqüências das Classes do Conama, para estes parâmetros
em cada local de amostragem ao longo do período monitorado.
Serão utilizados também gráficos dos metais pesados com as respectivas freqüências
das Classes do Conama.
O Índice de Qualidade da Água ? IQA utilizado é uma adaptação do IQA desenvolvido
pela NSF ? National Sanitation Foundation. São apresentados gráficos das médias
anuais de IQA para cada local monitorado. A adaptação do IQA foi realizada por técnicos
da Fepam, Corsan e Dmae quando da implantação da Rede Integrada de Monitoramento
do Rio dos Sinos (1990-1996), através do Comitesinos.
QUALIDADE DAS ÁGUAS
IQA ? ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
O cálculo dos Índices de Qualidade será anual, tendo por base as médias anuais de
cada um dos parâmetros utilizados no cálculo do IQA.
O IQA adotado utiliza as seguintes faixas de qualidade:
NOTA
|
CONCEITO
|
0 a 25
|
Muito Ruim
|
26 a 50
|
Ruim
|
51 a 70
|
Regular
|
71 a 90
|
Boa
|
91 a 100
|
Excelente
|
Tabela 1 ? Faixas do Índice de Qualidade das Águas ? IQA, adotado pelo NSF-National
Sanitation Foundation.
O trecho superior do rio Caí, em São Francisco de Paula e Canela, vem apresentando
notas na faixa ?Boa? (acima de 70).
O trecho médio apresenta predominância de qualidade na faixa ?Regular? (entre 50
e 70), não indicando tendências. O trecho inferior também apresenta qualidade na
faixa ?Regular?.
Figura 1 ? Índices de Qualidade das Águas - IQA, valores anuais do monitoramento
do Rio Caí - RS.
Concentrações de Oxigênio Dissolvido
O rio Caí, em geral apresenta boas condições de oxigenação, predominando a Classe
1, onde as concentrações médias anuais são superiores a 6,0 mg/L. Portanto, não
é comum a ocorrência de mortandades de peixes por asfixia no rio Caí. Algumas mortandades
ocorreram em alguns afluentes, como arroio Cadeia e arroio Pinhal e os peixes eram
então carreados para o rio Caí.
As concentrações de oxigênio dissolvido decaem no sentido das nascentes para a foz,
mas as médias anuais estão em torno de 6,0 mg/L.
O rio Caí, especialmente no trecho superior, é um rio de corredeiras e águas frias,
facilitando a oxigenação das águas.
Figura 2- Freqüências das Classes de Oxigênio dissolvido.
Figura 3 ? Concentrações médias anuais de Oxigênio Dissolvido.
Concentrações de DBO
As grandes cidades, como Caxias do Sul e Farroupilha localizam-se longe das margens
do rio Caí e, portanto a carga orgânica sofre uma depuração ao longo do trajeto
nos arroios até chegar ao rio Caí. As médias anuais geralmente não ultrapassam o
limite da Classe 1 do Conama.
Figura 4 ? Freqüências das Classes de DBO.
Figura 5 - Concentrações médias anuais de DBO.
Concentrações de coliformes termotolerantes
Ao contrário dos rios Gravataí e Sinos, o rio Caí não apresenta situação crítica
quanto aos esgotos cloacais. As grandes cidades da bacia hidrográfica, como Caxias
do Sul e Farroupilha localizam-se longe de suas margens e, portanto o reflexo negativo
dos esgotos cloacais no rio Caí é menor. Notamos os esgotos das cidades de médio
porte como Montenegro e São Sebastião do Caí (localizadas nas margens) e os esgotos
da parte sul de Caxias do Sul que são drenados pelo arroio Pinhal. No entanto, as
concentrações médias anuais de coliformes fecais estão em torno de 10.000 nmp/100ml,
valores bem inferiores aos encontrados nos rios Gravataí e Sinos, na Região Metropolitana
de Porto Alegre.
Figura 6 - Freqüências das Classes de coliformes termotolerantes.
Figura 7 - Concentrações médias anuais de coliformes termotolerantes.
Concentrações de metais pesados
A atual Resolução CONAMA nº 357 / 05, publicada em 18/03/2005, revoga a Resolução
CONAMA nº 20/86, e nesta nova legislação os padrões de chumbo, cobre e cromo total
estão agora bem mais restritivos.
Os metais cádmio, chumbo e cobre apresentam agora concentrações fora do limite das
Classes 1 e 2 estabelecidos na nova Resolução do CONAMA. Estes valores acima da
Classe são encontrados agora desde o arroio Pinhal até a foz. Podendo ter origem
em metalúrgicas ou em atividades agrícolas.
Analisando o Gráfico 9 verificamos que as concentrações de cobre ainda permanecem
acima da Classe 3, comparando com os atuais padrões fixados na nova legislação.
Figura 8 ? Percentual de análises acima das Classes 1 e 2 do CONAMA.
Figura 9 - Percentual de análises acima da Classe 3 do CONAMA.
CONCLUSÕES
A atual Resolução CONAMA nº 357 / 05, publicada em 18/03/2005, revoga a Resolução
CONAMA nº 20/86, e nesta nova legislação os padrões de chumbo, cobre e cromo total
estão agora bem mais restritivos.
O rio Caí em geral apresenta boa qualidade das águas, mas alguns arroios drenam
áreas poluídas causando reflexos na foz destes arroios. Destacamos o arroio Cadeia,
cujo afluente arroio Feitoria drena alguns curtumes dos municípios de Ivoti e Linfolfo
Collor, e também o arroio Pinhal que drena a área sul de Caxias do Sul.
Alguns fatores topográficos favorecem a qualidade das águas do rio Caí, dos quais
destacamos: a ausência de grandes municípios próximos de suas margens, presença
de corredeiras especialmente no trecho superior, e baixas temperaturas. Os grandes
municípios da bacia hidrográfica como Caxias do Sul e Farroupilha estão afastados
do rio Caí e o trabalho de depuração é realizado nos arroios que drenam parte destes
municípios, como arroio Pinhal (área sul de Caxias do Sul), arroio Cadeia (curtumes
de Ivoti e Lindolfo Collor), arroio Forromeco (área sul de Farroupilha).
Destacamos também a presença de metal cobre, agora fora dos padrões fixados pela
nova legislação (Resolução CONAMA 357/05) para a Classe 3.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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- subsídio para o processo de Enquadramento. Simpósio Internacional sobre
Gestão de Recursos Hídricos. Gramado.
2. FEPAM Fundação Estadual de Proteção Ambiental / PRÒ-GUAIBA, 1997. Diagnóstico
da poluição gerada pelas indústrias localizadas na área da bacia hidrográfica do
Guaíba. Porto Alegre.
3. FEPAM Fundação Estadual de Proteção Ambiental, 1997. Efluentes líquidos industriais:
cargas poluidoras lançadas nos corpos hídricas do Estado do Rio Grande do Sul.
Porto Alegre.
4. LEITE, Enio.H.; COBALCHINI, Mª Salete.; SILVA, Mª Lucia C; ROESE, Ingrid A .
Rio Gravataí ? RS. Qualidade atual x Enquadramento. XXIIº Congresso Brasileiro
de Engenharia Ambiental ? ABES. Joinville, 2003.
5. BENDATI, M.M.; SCHWARZBACH, M.S; MAIZONAVE, C.R.M.; BITTENCOURT, L.; BRINGHENTI,
M. Avaliação da qualidade da água do Lago Guaíba (Rio Grande do Sul, Brasil) como
suporte para a gestão da bacia hidrográfica. Anais do XXVII Congresso Interamericano
de Engenharia Sanitária e Ambiental. Porto Alegre, 2000.
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