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PROGRAMAS E PROJETOS
PESQUISAS AMBIENTAIS
Área 4 (Geoquímica Ambiental associada à
sensoriamento remoto)
1) Avaliação da Qualidade da Água e Usos do Solo na Bacia
Hidrográfica do Rio Camaquã
O projeto FEPAM-FNMA teve como objetivos avaliar a qualidade das águas
superficiais em drenagens do alto-médio curso do Rio Camaquã e levantar
os usos do solo na área total da BHRC, para gerar subsídios ao gerenciamento
ambiental da região envolvida. A BHRC apresenta problemas relacionados com
erosão, desmatamento, impactos por mineração e práticas
agrícolas nem sempre adequadas, já sendo verificados também
alguns problemas de demanda hídrica em uma de suas sub-bacias.
Análises físico-químicas em águas e sedimentos de corrente
pertencentes ao alto e médio curso do Rio Camaquã, foram efetuadas
entre janeiro e setembro de 1996, com freqüência, respectivamente, mensal
e semestral, para identificação de poluentes, épocas e locais
críticos à qualidade do ambiente aquático superficial. O levantamento
dos usos atuais do solo em toda a bacia hidrográfica e a identificação
de áreas onde os usos são compatíveis ou não com a preservação
de parques já legalmente criados e com a aptidão agrícola das
terras (áreas críticas, sub ou superutilizadas) foram realizados através
da utilização de imagens do satélite e de cartas topográficas.
As informações assim obtidas foram complementadas por levantamentos
de campo.
Resultados
No município de Lavras do Sul foram detectados locais com contaminação
residual por mercúrio, cuja concentração atingiu 5220 ng/g
em amostra de sedimento de lago contendo antigos rejeitos de beneficiamento de ouro.
Essa contaminação localizada, mas persistente, não atingiu
os sedimentos de corrente e as águas superficiais das drenagens próximas,
que apresentaram valores médios de Hg dentro dos limites para classe 2 do
CONAMA - Resolução 20/86. No município de Caçapava do
Sul, a sub-bacia do Arroio João Dias apresentou contaminação
residual por cobre com concentrações que atingiram até 10724
mg/kg na fração silto-argilosa de sedimentos de corrente, enquanto
as águas superficiais, no trecho impactado pela mineração,
superaram o valor limite para classe 2 do CONAMA em 100% das amostragens realizadas.
Estes resultados indicaram ser esta uma das sub-bacias mais críticas quanto
à contaminação por Cu em todo o Estado do RS.
A metodologia adotada para a identificação de áreas críticas
quanto aos usos dos solos na Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã (BHRC)
mostrou que, apesar da existência de áreas relativamente grandes, onde
o uso do solo é considerado adequado, torna-se preocupante a extensão
com que ocorrem áreas potencialmente críticas pela super utilização
agrícola, bem como, a ocorrência de três locais de conflito de
uso do solo em áreas originalmente destinadas a parques (municípios
de Camaquã e Encruzilhada do Sul). A maioria das áreas críticas
situa-se na parte leste da BHRC, mais fragilizada ambientalmente,. A parte oeste
encontra-se melhor preservada, apresentando, por outro lado, áreas sub utilizadas
do ponto de vista agrícola. Em certas áreas é visível
a degradação de matas ciliares em alguns municípios (Piratini
e Canguçu).
COORDENAÇÃO: Geol. Maria Heloisa Degrazia Pestana
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E-MAIL: mhdpestan@fepam.rs.gov.br
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EXECUÇÃO: FEPAM e Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS - IG;CEPSRM) Período: 1995-1998
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FINANCIAMENTO: Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) do Ministério
do Meio Ambiente dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal (MMA)
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Situação: concluído
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