QUALIDADE AMBIENTAL
REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUAÍBA
O monitoramento de um recurso hídrico tem como objetivos gerais o acompanhamento
das alterações de sua qualidade, a elaboração de previsões
de comportamento, o desenvolvimento de instrumentos de gestão e fornecer
subsídios para ações saneadoras.
A FEPAM - Fundação Estadual de Proteção Ambiental realiza
o monitoramento da qualidade das águas através de coletas e análises
de águas, e interpretando estes resultados com a Resolução
Nº 357 / 05 do CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente que fixa o padrão
de qualidade que deve ter a água no meio ambiente em função
do uso a ela destinada.
Neste monitoramento são analisados 27 parâmetros de qualidade da água
: Oxigênio Dissolvido, pH, Coliformes Fecais, DBO (Demanda Bioquímica
de Oxigênio), DQO (Demanda Química de Oxigênio), Nitrogênio
amoniacal, Nitrogênio orgânico, Fosfato Total, Fosfato orto, Turbidez,
Sólidos Totais, Condutividade, Índice de fenóis, Surfactantes,
Cádmio, Chumbo, Cobre, Cromo Total, Mercúrio, Níquel, Zinco,
Alumínio, Ferro, Manganês Temperatura da Água, Transparência,
Profundidade.
As coletas e análises de águas são realizadas pelo Departamento
de Laboratório da FEPAM, e os dados são armazenados e interpretados
pelo Departamento de Qualidade da FEPAM.
A Rede de Monitoramento da FEPAM, em operação hoje e que integra a
Rede de Monitoramento Pró-Guaíba (Fepam, Corsan e Dmae) é composta
dos seguintes pontos de amostragem:
Gravataí
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05
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mensal
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Sinos
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10
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mensal
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Caí
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06
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trimestral
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Taquari-Antas
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08
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trimestral
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Jacuí
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09
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trimestral
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Na presente divulgação também foram utilizados outros locais
de amostragem que hoje não são mais monitorados, bem como os locais
cujo monitoramento foram repassados para outras entidades que fazem parte do Pró-Guaíba,
como o DMAE e a CORSAN.
Neste trabalho de divulgação, foram considerados para o rio dos Sinos
alguns pontos de amostragem da antiga Rede Integrada de Monitoramento (FEPAM, Corsan,
Dmae e Metroplan) que operou de 1990 a junho de 1996.
Os dados obtidos em cada um dos 5 rios monitorados foram trabalhados estatisticamente
e comparados com a legislação ambiental vigente, ou mais especificamente,
com os limites estabelecidos na Resolução
nº 357 / 05 do CONAMA.
A FEPAM divulga também os dados de qualidade das águas utilizando
a metodologia de ÌNDICE DE QUALIDADE DAS
ÁGUAS – IQA. É uma metodologia de fácil compreensão,
voltada para o público leigo, onde a qualidade das águas é
avaliada recebendo uma nota de qualidade, que varia de zero à 100. Esta metodologia
de avaliação não tem força de lei, ao contrário
da Resolução nº 357/ 05 do Conama.
Em abril de 2002 entrará em operação a Rede de Monitoramento
da Bacia Hidrográfica do Rio Jacuí, que faz parte também da
Rede de Monitoramento do Pró-Guaíba. Desta Rede participam a Fepam,
Corsan e Dmae. Em breve os dados gerados pela Fepam serão divulgados neste
site.
METODOLOGIA DE APRESENTAÇÃO DOS DADOS DE
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
Dentre os parâmetros analisados no monitoramento foram selecionados os seguintes
para demonstrações nos gráficos e tabelas:
Oxigênio Dissolvido
O oxigênio dissolvido na água é fundamental para manutenção
da vida aquática. Quanto menor a concentração de oxigênio
dissolvido, maior é a possibilidade de ocorrência de mortandade de
peixes e outros seres vivos do meio aquático. Concentrações
abaixo de 2,0 mg/l de oxigênio podem ocasionar mortandades de peixes. Altas
concentrações de oxigênio dissolvido, além de benéficas
para a vida aquática favorecem a depuração da matéria
orgânica lançada nos corpos hídricos (vide DBO).
DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio)
É a quantidade de oxigênio necessária para depurar a matéria
orgânica biodegradável lançada na água. Portanto, indica
a presença de matéria orgânica, que pode ter origem nos esgotos
cloacais ou nos efluentes industriais. Quanto maior a concentração
de DBO na água haverá uma tendência de redução
na concentração do oxigênio que está dissolvido na água.
Coliformes Fecais
Indicam a presença de esgotos cloacais nas áreas urbanas. Altas concentrações
de coliformes fecais são acompanhadas de concentrações mais
elevadas da matéria orgânica (DBO). A presença de esgotos cloacais
aumenta possibilidade de contrair doenças de veiculação hídrica.
Em áreas rurais pode indicar a contaminação oriunda de atividades
de pecuária.
Metais Pesados
São apresentados gráficos com informações sobre os seguintes
metais pesados: cádmio, chumbo, cobre, cromo total, mercúrio, níquel
e zinco. Quando encontrados em áreas urbanas são indicativos da presença
de efluentes industriais (metalúrgicas com galvanoplastia, indústrias
químicas, curtumes, etc.). Em áreas rurais, os metais estão
presentes em fungicidas e outros tipos de agrotóxicos. Podem ser encontrados
também em áreas de mineração. Em alguns casos são
decorrentes das características geológicas locais.
Visando informar sobre o comportamento destes parâmetros nos rios Gravataí ,
Caí , Sinos
, Taquari-Antas
e Jacuí, foram
elaborados três tipos de gráficos:
a) Gráficos de Freqüência das Classes
Os Gráficos permitem a visualização da freqüência
das Classes em cada um dos locais de amostragem. Parâmetros : oxigênio
dissolvido, DBO (demanda bioquímica de oxigênio) e Coliformes Fecais,
bem como uma visão sobre as concentrações de metais pesados
(vide item c) fora dos limites estabelecidos pela Resolução Nº
357 / 05 do CONAMA.
b) Gráficos das Médias Anuais
Indicam as médias anuais em cada um dos parâmetros amostrados.
Parâmetros : oxigênio dissolvido, DBO (demanda bioquímica de
oxigênio) e Coliformes Fecais,
c) Gráficos dos Metais Pesados
Apresenta os percentuais de análises fora dos padrões da Resolução
Nº 357 / 05 do CONAMA. O primeiro gráfico indica análises fora
da Classe 1, e o segundo gráfico mostra as análises fora da Classe
3. São considerados os metais cádmio, chumbo, cobre cromo total, mercúrio,
níquel e zinco. A atual Resolução CONAMA nº 357 / 05,
publicada em 18/03/2005, revoga a Resolução CONAMA nº 20/86,
e nesta nova legislação os padrões de chumbo, cobre e cromo
total estão agora mais restritivos.
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