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QUALIDADE AMBIENTAL
REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUAÍBA
Principais características da Região Hidrográfica
do Guaíba:
Situa-se na região nordeste do RS, entre os paralelos 28º S e 31ºS e os meridianos
50ºW e 54º W, abrangendo uma área de 84.763,54 Km2 correspondente a 30% da área
total do Estado.
Formada pelo território parcial ou total de 251 municípios, com uma população de
5.869.265 habitantes, o que representa 61% da população do Estado.
A região metropolitana de Porto Alegre e uma faixa de municípios em direção à Caxias
do Sul, constitui o eixo mais urbanizado da bacia.
Abrange, ao norte, o Planalto da Bacia do Paraná, onde localizam-se as cotas altimétricas
mais elevados do estado, a Depressão Periférica, com as menores altitudes e ao sul
o Planalto Sul-Riograndense (Escudo Sul-Rio Grandense). As formações vegetais originalmente
existentes são a Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária), a Floresta Estacional
e as Savanas (Campos).
Grande parte desta vegetação foi suprimida ou alterada, restando áreas remanescentes
nas encostas íngremes dos vales, especialmente dos rios Taquari-Antas e Jacuí.
As principais características das nove bacias que constituem a Região
Hidrográfica do Guaíba:
Alto Jacuí:
O Jacuí contribui com 85 % das águas formadoras do Lago Guaíba
e é represado pelas barragens de Passo Real, Ernestina e Itaúba. No
verão ocorrem problemas de navegação e abastecimento, pois
alguns trechos tem vazão regulada pelas turbinas das hidrelétricas.
A economia da região caracteriza-se pelo uso intensivo do solo para agricultura
e pecuária.
Pardo:
As lavouras de arroz irrigado constituem a principal demanda de água nesta
bacia, atingindo 90 % do total dos recursos hídricos entre dezembro e fevereiro,
período de baixa vazão do rio. A produção de tabaco,
importante atividade da região.
Vacacaí:
O rio nasce em São Gabriel, passa por Santa Maria e deságua no Rio
Jacuí. O solo é ocupado por latifúndios, caracterizando-se
pela pecuária extensiva e agricultura. O principal conflito de uso da região
é gerado pela coincidência do cultivo de arroz irrigado com a época
de menor disponibilidade de água. A atividade industrial desta bacia é
a de menor expressão da Região Hidrográfica.
Baixo Jacuí:
A extração do carvão na Bacia é intensa, causando significativo
impacto ambiental, principalmente em Charqueadas e São Jerônimo. Outra
característica é o uso intensivo do solo para pecuária e agricultura.
No curso inferior, o Jacuí passa pelo Polo Petroquímico de Triunfo.
O uso industrial tem destaque na região pelos ramos de química, plástico,
metalurgia, siderurgia, borracha e produtos alimentares.
Taquarí-Antas:
O Rio das Antas nasce no Planalto, passando a chamar-se Taquarí na confluência
com o rio Guaporé, na altura do município de Muçum. Observa-se dificuldade na acumulação
natural da água. Nesta bacia, os grandes responsáveis pela degradação
ambiental são o uso de agrotóxicos na cultura da maçã
e o despejo de efluentes domésticos provenientes do Aglomerado Urbano do
Nordeste, onde é expressiva à contribuição das emissões
do parque industrial de cidades como Caxias do Sul, e Bento Gonçalves.
Caí:
O grande volume de esgotos domésticos da região de Caxias do Sul é
o responsável pelo maior impacto ambiental na Bacia. O depósito de
água da chuva fica prejudicado pelo relevo acidentado da região, impedindo
a diluição dos resíduos e diminuindo a disponibilidade de água
para as atividades agrícolas. Além dos efluentes do Polo Petroquímico
há, também, a contribuição dos agrotóxicos utilizados
na cultura do morango, no município de Feliz resultando na maior concentração
de produtos químicos da Região Hidrográfica do Guaíba:
11kg/ha.
Sinos:
O Rio dos Sinos é considerado o mais poluído da região, possuindo
importante parque industrial, onde se destacam, os ramos coureiro-calçadista,
petroquímico e metalúrgico. O setor primário é pouco
significativo fora do curso superior do rio. O Sinos criou o primeiro comitê
de gerenciamento de bacia hidrográfica do Brasil.
Gravataí:
O Rio Gravataí, incapaz de realizar a regulação natural de
sua vazão, é considerado o mais sensível da região.
O Banhado Grande, que funciona como uma esponja regulando as vazões a montante,
foi bastante impactado pelas lavouras de arroz irrigado, reduzindo a capacidade
de acumulação de água. As principais indústrias são
automobilística, mecânica, de produtos alimentares e bebidas.
Lago Guaíba:
As águas dos Rios Gravataí, Sinos, Caí e Jacuí desembocam
no Delta do Jacuí, formando o Lago Guaíba que banha os municípios
de Porto Alegre, Eldorado do Sul, Guaíba, Barra do Ribeiro e Viamão.
Os principais impactos ambientas devem-se aos lançamentos de esgotos de Porto
Alegre e das águas poluídas dos rios Gravataí e Sinos. As indústrias
principais pertencem aos ramos de metalurgia, celulose e produtos alimentares.
Principais problemas ambientais:
Situações críticas de poluição nos municípios de maior contingente populacional
e concentração industrial, como a região metropolitana de Porto Alegre e Caxias
do Sul.
A alta concentração urbana e industrial destas áreas reflete os principais problemas
ambientais da região, que são os esgotos domésticos, os resíduos industriais, o
lixo domiciliar e a poluição do ar por fontes industrias e veicular.
Nas áreas rurais, os problemas mais críticos são a erosão do solo, o assoreamento
dos cursos d'água, a contaminação por agrotóxicos e resíduos orgânicos, especialmente
dos dejetos animais jogados nos rios.
Estudos, pesquisas e programas
Programa para o Desenvolvimento Racional, Recuperação e Gerenciamento Ambiental
da Bacia Hidrográfica do Guaíba - PRÓ-GUAÍBA
Programa Mata Atlântica.
Avaliação da Poluição Hídrica e Atmosférica em áreas de mineração de carvão
do Baixo Jacuí.
Caracterização química em partículas atmosféricas nos municípios de Charqueadas
e Sapucaia do Sul
Utilização de rejeitos de carvão na revegetação de áreas mineradas
Monitoramento dos Recursos Atmosféricos
Monitoramento da Qualidade das Águas superficiais
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