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QUALIDADE AMBIENTAL

Balneabilidade

Avaliação da ocorrência de florações de cianobactérias em áreas destinadas a balneabilidade no Rio Grande do Sul

As cianobactérias são organismos de ocorrência comum em diferentes tipos de ambiente, sendo que a maioria é de água doce.

A avaliação da ocorrência de florações de cianobactérias em mananciais com pontos de captação de água para consumo humano, em áreas de balneabilidade e em áreas com atividade de pesca é importante, por serem esses organismos potenciais produtores de toxinas (hepatotoxinas, neurotoxinas e dermatotoxinas), capazes de produzir intoxicações agudas ou crônicas. No entanto, apenas a ocorrência de floração não indica diretamente que haja produção de toxinas, sendo necessárias análises laboratoriais específicas para essa confirmação. Segundo a legislação vigente, o valor máximo permitido é de 50.000 células de cianobactérias/mL para uso de recreação de contato primário (Resolução CONAMA n° 357/2005) e a ocorrência de florações de algas ou outros organismos, é um dos indicadores de condições impróprias para a balneabilidade, até que se comprove que não oferecem riscos à saúde humana (Resolução CONAMA 274/2000). Não há até o momento limites na legislação para o valor máximo de cianotoxinas em áreas de balneário, porém a Organização Mundial de Saúde orienta que sejam utilizados os valores máximos permitidos para água de consumo humano de 1µg/L para microcistina e 3µg/L para saxitoxina.

Desde 2008, a Fepam incluiu no Projeto Balneabilidade a análise de identificação e contagem de cianobactérias em pontos considerados críticos. A escolha dos pontos de coleta considerou locais com eutrofização, relato de ocorrência prévia de florações e/ou alto índice de contaminação por coliformes termotolerantes (ou Escherichia coli).

Inicialmente, no período 2008-2009, os pontos amostrados abrangeram balneários de água doce das Regiões do Guaíba e do Litoral Norte. Foram monitorados, no Lago Guaíba, praias nos municípios de Guaíba, Eldorado do Sul, Barra do Ribeiro e São Jerônimo (Rio Jacuí). No Litoral Norte, foram monitorados os balneários das lagoas do Peixoto e do Horácio, ambos no município de Osório. Dos locais amostrados, apenas o balneário Prainha, na Lagoa do Peixoto, apresentou floração de cianobactérias (mais de 50.000 células/mL) em metade das campanhas realizadas. Além disso, nesse período foi atendida uma suspeita de floração na Lagoa dos Patos, em Pelotas, no entanto apesar de ter sido detectada a presença de cianobactérias, os gêneros identificados não estavam associados à produção de toxinas. Nos períodos seguintes, a análise de identificação e contagem de cianobactérias avançou no Projeto, ora incluindo outros mananciais, como balneários da Região do Uruguai e Lagoa dos Patos (Tapes, Pelotas e São Lourenço do Sul), ora mantendo procedimentos de contato com as Secretarias Municipais de Saúde a fim de alertar quanto aos riscos de uso das áreas com florações. Mesmo em casos de balneários com raras ocorrências passadas, o monitoramento rotineiro representa uma medida de alerta e prevenção quanto à possíveis alterações em mananciais. Recorde-se, sempre, que as florações de cianobactérias podem ocorrer por elevação de nutriente, como compostos fosfatados e nitorgenados, nas águas, de modo natural ou por ação humana. Atividades relacionadas as questões de irrigação, sanenamento, efluentes, entre outros podem representar impactos, os quais podem degradar corpos hídricos. Devido à esses aspectos sanitários em geral, entre eles o risco efetivo de exposição a cianotoxinas, torna-se imprescindível a manutenção das análises de identificação e contagem de cianobactérias nos balneários, a cargo dos órgãos do Estado.

No Projeto Balneabilidade 2016-2017, será realizada análise de identificação e contagem de cianobactérias nos seguintes pontos:

Região do  Litoral

Município

Balneário

Corpo Hídrico

Tapes

Tapes – em frente ao Camping dos Pinheirais

Lagoa dos Patos

Tapes – em frente ao Hotel Pontal

Osório

Praia do Peixoto

Lagoa do Peixoto


Observação: A coloração marrom das águas do litoral do Rio Grande do Sul é um fenômeno natural de floração de algas diatomáceas, que não representa risco à saúde.

Atenção: Se for detectada coloração esverdeada, odor ou nata na superfície da água, a área não deve ser utilizada para banho até que a água seja analisada. A FEPAM e a Secretaria Municipal de Saúde devem ser comunicadas e deve ser relatada a ocorrência de sintomas como irritação nos olhos ou na pele, febre, diarréia e vômitos.


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