2 - classificação dos habitats segundo o tamanho dos rios, utilizando-se a classificação hierárquica proposta por Strahler (1977) e relacionando-se a ordem de tamanho do rio com variação das características da ictiofauna.
É importante destacar que a razão para efetuar a classificação dos rios em termos de tamanho é a forte variação de tipos e quantidade de habitats entre rios de tamanhos diferentes, mesmo quando localizados dentro da mesma região. Rios de diferentes tamanhos representam diferentes habitats para peixes devido à correlação de tamanho com vazão, profundidade, disponibilidade de refúgios, tipos e quantidades relativas de meso e microhábitats. Em conseqüência, em diferentes tamanhos de rio espera-se encontrar diferenças na composição e riqueza de espécies, estrutura trófica e abundância de indivíduos (Becker e Guadagnin, 2001).
· Análise dos habitats aquáticos, considerando os seguintes critérios:
1 - representatividade e perda de habitat, identificando-se os principais habitats aquáticos e calculando-se a perda direta destes pela extensão do rio substituído por reservatório; e a perda indireta considerando-se a extensão de trechos excessivamente pequenos entre barragens e a perda total, calculada pela soma das anteriores.
2 - impacto dos reservatórios na fragmentação do rio, considerando o impedimento da dispersão dos peixes e o número de sub-bacias isoladas do Rio das Antas pelos reservatórios.
3 - alternativas possíveis para conservação sem barragens de um rio representativo de sub-bacias de encosta e de um rio de sub-bacias de planalto.
· Estabelecimento de diversos cenários, contemplando os critérios analisados na etapa anterior
· Seleção do cenário de maior representatividade quanto ao atendimento do conjunto de critérios considerados, com a conservação do rio Guaporé, representativo de sub-bacia de encosta e do rio Tainhas, representativo de sub-bacia de planalto, sem barragens. (Mapa 5)
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